Pesquisar

terça-feira, 2 de outubro de 2012

QUEM SOU EU


Brasil, 1994.
Nas manchetes dos grandes jornais todo o alvoroço das notícias sobre política, esporte (seleção brasileira é tetracampeã mundial –eba!, Ayrton Sena morreu – snif!), troca da moeda nacional e ali, numa cidadezinha do nordeste baiano, sem nenhum flash ou glamour da imprensa, e fora da lista de ‘nascimentos’ da Wikipédia, aos 20 dias do mês de Abril daquele ano nascia a primeira filha do jovem casal Ginalda e Rosival. Era ela Kelly Cora Coralina Macedo dos Santos.
Calma! Explico o porquê do nome: Cora Coralina (pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (1889 – 1985) foi uma poeta goiana admirada por meu pai, sendo assim, este quis fazer-lhe uma homenagem, e minha mãe queria “Kelly” acho que só por achar bonito mesmo. Ao ir me registar, por não terem chegado num consenso, meu pai acabou por colocar os três e a dona do nome que se virasse depois pra aprender a escreve-lo. Falo brincando, na verdade, gosto muito desse nome! É diferente... como eu!
Criada no evangelho, aprendi que Deus é tudo que tenho, único que, mesmo que eu não mereça permanece Fiel, que não tem amor, mas que é o próprio amor (é também justiça).
Essa sou eu: brincalhona, extrovertida, seletiva, ciumenta, orgulhosa, dengosa (até demais), ignorante – é que de tanto apanhar, uma hora a gente aprende a bater – sabendo a hora de ficar séria e a hora de sorrir, a hora de buscar e a de ficar quieta. Sincera ao extremo – se não quiser saber, não pergunte – várias em uma! Costumo me definir com uma frase de Clarice Lispector: “Sou assim como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar”.
Hoje, às 18 primaveras, depois de perdas dilacerantes e felicidades estonteantes, aprendendo a conviver com a dor da saudade, me encontro em terra estranha, grata a Deus pela conquista de poder cursar numa Universidade Estadual na qual passei em 3° lugar entre tantos. Através disso busco além da minha própria realização profissional e pessoal ser o orgulho de minha família (pelo menos dos mais próximos) sendo a primeira a ingressar numa faculdade e conseguir um diploma de nível superior.
A ideia é essa, é ser a flor que leva bom aroma por onde passa, sorrisos aos que choram, paz aos que se cansaram. Foi assim que aprendi, aos trancos e barrancos, apesar de todos os defeitos tento sempre dar o meu melhor, e ser melhor, não para os outros, mas para mim mesma, afinal, sou a única pela qual vale a pena mudar. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário